Como James Webb viaja no tempo?

COCEIRINHA: Um olhar tão profundo capaz de avistar o surgimento das primeiras estrelas. Mas como o James Webb, o maior telescópio que a humanidade já construiu, faz isso?

Talvez você já tenha visto uma publicação por aqui lá de 2020, na qual falamos sobre um tal efeito doppler, em que explicamos um pouco como funciona o movimento das ondas de um objeto em movimento em relação ao seu observador.

Esse efeito se dá pela emissão ou reflexão de ondas, o que ocorre tanto no som (ondas mecânicas) quanto na luz (onda eletromagnética). 

Quanto mais distante um objeto está no universo observável (de nós, no caso), mais tempo a luz emitida, ou refletida nele, demora para chegar. Em relação à lua, demoramos 1,25 segundos para captar sua luz. O sol, um pouco mais de 8 minutos. Ou seja, se algo acontecer em tais astros, vai demorar esse tempo para percebermos.

Na luz, o espectro eletromagnético gerado pelo movimento, quando captado, é desviado para o vermelho em objetos que estão se afastando, e para o violeta em objetos que estão se aproximando.

O James Webb Space Telescope atua especialmente no campo da radiação infravermelha, ou seja, seus instrumentos têm a sensibilidade necessária para captar as ondas de origem mais longínquas. Logo, ele capta a radiação vinda dos astros e estruturas cósmicas mais distantes.

Como comprovado em estudos, o universo e tudo que o forma está em constante expansão, em altíssima velocidade. A luz emitida das primeiras estrelas, e a formação das primeiras galáxias estão cada vez mais distantes, e os instrumentos capazes de detectá-las necessitam dessa sensibilidade.

Em seu pouco tempo de atuação científica, o James Webb já está quebrando recordes tratando-se de distâncias. Entre eles, a observação da GLASS-z13, uma galáxia formada a 13,8 bilhões de anos-luz, e da Aerendel, como foi chamada, a estrela mais antiga (portanto, mais distante) já observada, com seus 12,9 bilhões de anos luz.

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